Fibromialgia
A síndrome da fibromialgia pode ser definida como uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória. É considerada uma síndrome porque apresenta várias manifestações clínicas como dor, fadiga, distúrbios do sono, parestesias (dormências), sensação de edema, cefaléia e depressão são os mais comuns.
A fibromialgia ocorre predominantemente no sexo feminino, na faixa etária entre 20 a 60 anos, porém também ocorre na infância. O diagnóstico é clínico, ou seja, não existe alterações em exames de imagem e laboratoriais, a necessidade de exames ocorre para exclusão de outras doenças.
A causa desta síndrome não foi esclarecida, existe algumas hipóteses muito discutida no meio científico como: traumas, acidentes, diminuição de serotonina, aumento de neurotransmissores, distúrbios em mitocôndrias e no SNC (Sistema Nervoso Central). Alguns profissionais afirmam o fator psicológico, porém não existe nenhuma evidência científica para tal afirmação.
Os critérios de diagnóstico foram desenvolvidos pelo Colegiado Americano de Reumatologia em 1990 e já validados no Brasil, consiste na dígito-pressão com resposta dolorosa em 11 em 18 pontos específicos espalhados pelo corpo.
O tratamento consiste no controle dos sintomas apresentados, pois a fibromialgia causa problemas físicos, ocupacionais, sociais, psicológicos e emocionais.
Existe várias medicações que podem ser utilizadas como antidepressivos, analgésicos, miorelaxantes, benzodiazepínicos e bloqueadores seletivos de recaptação de serotonina. É importante que o paciente procure formas não medicamentosas de lidar com a doença, de maneira a evitar os riscos com a sua saúde, se acaso o paciente com fibromialgia tiver por exemplo: pneumonia, apendicite, infecção urinária, úlcera, etc., estes problemas podem ser percebidos quando já estiverem em estado avançado, pois as medicações tiram as dores iniciais destes acometimentos e elas também não permitem que a febre se manifeste tão facilmente. Assim, o portador de fibromialgia deve estar muito atento para que não passe a correr riscos por causa da necessidade do uso das medicações para dor por tempo prolongado.
A fisioterapia é essencial no tratamento convencional para melhorar a qualidade de vida dos pacientes proporcionando redução e controle do quadro doloroso com uso de eletroestimuladores, termoterapias, cinesioterapia, massagem, relaxamento, alongamento e fortalecimento muscular por exemplo. A hidroterapia tem grande valor, pois os exercícios são implementados para necessidade individual, contudo o excesso pode causar dores e crises que acabam inviabilizando a prática constante.
A acupuntura tem demonstrado melhora importante dos sintomas clínicos, tornando-se um tratamento alternativo e aceitável com resultados relevantes.
A fibromialgia impõe mudanças nos hábitos de vida com percepção negativa da qualidade de vida com impacto pessoal, profissional, familiar e social, portanto o suporte psicológico aos pacientes e familiares tem apresentado resultados positivos, principalmente nos quadros de depressão, ansiedade, estresse e transtornos de humor.
O educador físico é outro profissional indispensável proporcionando condicionamento cardiovascular e físico compatível com suas atividades. Os exercícios mais adequados são os aeróbicos, sem carga e sem grandes impactos para as articulações, as mais indicadas são natação, hidroginástica e caminhada.
Outras terapias podem ser utilizadas de acordo com a necessidade individual apresentada, são elas: Reeducação Postural Global (R.P.G.), Pilates, Quiropraxia, Homeopatia, Hipnoterapia.
Uma equipe multidisciplinar, ou seja, com inserção de varios profissionais da saúde é fundamental para o sucesso do tratamento do paciente com fibromialgia.
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