A patologia de Osgood-Schlatter surge na adolescência na fase denominada
estirão de crescimento, tem como características dor abaixo do joelho (região
da tuberosidade tibial) especialmente aos esforços que necessitem de uma forte
contração do músculo da coxa (quadríceps) e uma proeminência óssea visível
nesta região. É mais comum no sexo masculino, com proporção de 3:1. No Rx
observa-se uma linha irregular na tuberosidade tibial, áreas de rarefação em
alguns casos e, pode estar presente uma avulsão óssea significativa.
O tratamento depende da severidade dos sintomas, muitas vezes só repouso
e gelo (crioterapia) já basta, porém quando os sintomas persistem inclui
tratamento fisioterapêutico, medicação e/ou imobilização; medidas cirúrgicas
são raras, e quase nunca, indicadas.
O tratamento cirúrgico antes da maturidade esquelética não é
recomendado, pois isso pode induzir o fechamento prematuro da placa epifisária
(placa do crescimento).
Complicações posteriores podem ocorrer devido a proeminência óssea,
como alinhamento patelar inadequado que
pode causar condromalácia patelar e artrite degenerativa patelofemoral, além do
desconforto ao ajoelhar e esteticamente deformante.
A fisioterapia visa eliminar a dor e principalmente promover um alinhamento
e sinergismo na ação muscular reduzindo a tensão no tendão patelar e evitando
os microtraumas.