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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tenossinovite Estenosante (Dedo em Gatilho)

O QUE É?

Essa doença envolve os tendões flexores dos dedos das mãos, que passam por túneis dentro dos dedos. Se houver a formação de um nódulo sobre o tendão ou ocorrer um inchaço na bainha que o cobre, ele então se tornará mais largo, ficando comprimido nos túneis por onde ele passa. Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir um estalo ou escutar um barulho na articulação envolvida, principalmente no meio dos dedos.

Em razão de trauma local (como carregar várias sacolinhas de supermercado, dirigir ou fazer musculação), ou associado com artrose, diabetes ou inchaço na mão, pode ocorrer dificuldade para o tendão passar pela polia. É comum o dedo dobrar e não conseguir esticar pois o tendão não consegue passar facilmente pela polia, causando um bloqueio momentâneo, seguido por um estalido doloroso, comparado com o mecanismo do gatilho de um revolver

Os dedos mais afetados, são o dedo anular e o dedo médio, seguidos pelo polegar.

DIAGNÓSTICO

Pode ser feito através dos sintomas apresentados, bem como a referência de que a pessoa trabalha em serviços que requerem o uso da palma das mãos e o movimento de fechar os dedos, como carimbar e grampear, em movimentos repetitivos e por longos períodos.

Um déficit de extensão é visto nos casos mais severos e a impossibilidade de abrir e fechar os dedos. Está frequentemente associado com a compressão do nervo mediano no túnel do carpo.

TRATAMENTO

O tratamento mais indicado para este problema é o uso de antinflamatórios e repouso das articulações.

Em casos iniciais, pode ocorrer melhora com a aplicação de gelo local, massagem e proteção da palma da mão. É importante evitar testar o dedo, pois cada vez que o tendão raspa na polia ele incha mais.

Casos mais resistentes podem ser tratados pela infiltração de anestésico e cortisona de ação local, para diminuir o inchaço da capa do tendão, com boas chances de melhora em alguns dias.

Em pacientes que não melhoram ou que apresentem deformidade em flexão do dedo é optado pelo tratamento cirúrgico, que consiste em abrir a presilha (polia), realizado com sedação e anestesia local.

A cirurgia, realizada com sedação e anestesia local ou bloqueio no braço, consiste em abrir a polia A1 e TENÓLISE - limpar os tendões.

Quando necessário, um programa de fisioterapia é iniciado na segunda semana, principalmente para os as casos mais graves, que relutaram em operar ou associado a outras doenças.

PREVENÇÃO

Evitar o uso repetitivo das articulações, se possível usar um grampeador elétrico ou que ele seja acolchoado para evitar que a palma das mãos se force. A mesma coisa é válida para os carimbos. Também podem ser usadas luvas com gel para que amorteçam a batida contra a palma das mãos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Artroplastia total de quadril


A reconstrução da articulação do quadril através da colocação de uma prótese total ou parcial é denominada artroplastia de quadril.

A artroplastia total de quadril é um procedimento cirúrgico de substituição articular amplamente utilizado para o tratamento de afecções da articulação coxo-femoral, sejam elas degenerativas, inflamatórias ou traumáticas. Alguns exemplos de doenças são: artrite reumatóide, necrose avascular da cabeça femoral, artrose, fraturas de quadril, tumores ósseos benignos e malignos, entre outras.

Atualmente existem inúmeros modelos de prótese de quadril, que em sua maioria, utilizam como material básico uma liga metálica (titânio ou cromo-cobalto), o polietileno e a cerâmica. A indicação de usar um determinado modelo de prótese depende de fatores como a idade do paciente, o tipo de doença que ocasionou a destruição da articulação coxofemoral, a qualidade do osso e a experiência do cirurgião. Porém permanece sendo uma solução não biológica, e que traz com ela o risco de complicações (ex: trombose, sangramento), e também dúvidas acerca da sobrevida do implante em longo prazo, desgaste do implante, biocompatibilidade e resposta do osso do paciente, por esses motivos revisões freqüentes são necessárias. A expectativa de vida útil da prótese do quadril é boa, duração em torno de 15 anos, dependendo de vários fatores: qualidade da prótese, técnica cirúrgica, hábitos de vida do paciente, entre outras.

A fixação da prótese: A prótese cimentada é aquela em que se usa cimento ósseo para fixar o componente acetabular na bacia e a parte femoral no fêmur; a prótese não cimentada é aquela em que é fixada suas partes (acetábulo e componente femoral) diretamente na superfície óssea, sem a utilização de cimento, este tipo é indicado para pessoas mais jovens e com boa qualidade óssea; e a prótese híbrida, o componente acetabular é fixado à pelve através de parafusos, sendo o componente femoral fixado com cimento ao fêmur.

As incisões cirúrgicas mais utilizadas atualmente são a anterolateral de Watson Jones, a lateral de Hardinge e a posterior, pode-se verificar que essas vias de acesso variam em torno de 20 cm de extensão, ou seja, uma cicatriz de 20 cm. Atualmente existe uma tendência de se realizar as artroplastias totais de quadril através de incisões minimamente invasivas, em torno de 8 cm, utilizando uma via única.

O tratamento no pós-operatório com a fisioterapia pode ser dividido em duas etapas: imediato e tardio. O primeiro realizado no hospital e o segundo em nível ambulatorial. Os objetivos no pós-operatório imediato são: posicionamento correto no leito, prevenção de complicações circulatórias, como edema e trombose através de exercícios metabólicos, profilaxia respiratória, manutenção da força muscular, prevenção da amplitude de movimento, treino de marcha com apoio e orientações gerais. A nível ambulatorial, o tratamento visará diminuir algias (caso exista), preservação da força muscular, manutenção e ganho da amplitude de movimento, treino e educação da marcha, condicionamento físico e orientações gerais.

As atividades físicas, esportivas e de lazer mais indicadas após uma artroplastia de quadril são as de baixo impacto como a hidroginástica, natação e caminhada. O início dessas atividades deve aguardar a liberação do cirurgião, mas em media iniciam 60 dias apos a cirurgia.




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENTORSE TORNOZELO


MECANISMO DE LESÃO
As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que exceda a resistência dos ligamentos, rodando o pé em inversão ou eversão.

LESÃO TRAUMÁTICA POR ENTORSE

Definição:
Entorse pode ser uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de tecidos moles como cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. Porém esse termo é freqüentemente usado em referência especifica a lesão de um ligamento, recebendo graduação de entorse de grau I, grau II e grau III.

Etiologia:
Após o trauma os ligamentos do tornozelo podem ser estirados ou rompidos, o tipo mais comum de entorse no tornozelo é provocado por uma sobrecarga em inversão e pode resultar em ruptura parcial ou total do ligamento talofibular anterior, provocando uma sobrecarga no tornozelo, tornando-o instável. Raramente componentes do ligamento deltóide são sobrecarregados, existe uma maior probabilidade de avulsão ou fratura do maléolo medial com uma sobrecarga em eversão.

Classificação:
As entorses de tornozelo são classificadas da seguinte maneira:
* Grau I - ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema local.
* Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma.
* Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.

Cicatrização do Ligamento:
Os ligamentos tendo vascularização regular cicatrizam lentamente, sendo o reparo feito por tecido fibroso e colágeno. Os ligamentos com ruptura total devem ser saturados cirurgicamente.

Tratamento:
* Grau I - Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular + propriocepção.
* Grau II - imobilização de 3 a 4 semanas. Após 20 dias faz-se: crioterapia + fortalecimento muscular + propriocepção.
* Grau III - cirúrgico.

Principais complicações:

Alguns pacientes permanecem com dor ou instabilidade após seis meses de tratamento da lesão ligamentar aguda. As possíveis lesões associadas geralmente são por ordem decrescente de frequência: instabilidade crônica, lesão osteocondral, impacto com processo inflamatório tibio-fibular e impacto anterior com exostose.


domingo, 19 de junho de 2011

FIBROMIALGIA



Fibromialgia




A síndrome da fibromialgia pode ser definida como uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória. É considerada uma síndrome porque apresenta várias manifestações clínicas como dor, fadiga, distúrbios do sono, parestesias (dormências), sensação de edema, cefaléia e depressão são os mais comuns.
A fibromialgia ocorre predominantemente no sexo feminino, na faixa etária entre 20 a 60 anos, porém também ocorre na infância. O diagnóstico é clínico, ou seja, não existe alterações em exames de imagem e laboratoriais, a necessidade de exames ocorre para exclusão de outras doenças.
A causa desta síndrome não foi esclarecida, existe algumas hipóteses muito discutida no meio científico como: traumas, acidentes, diminuição de serotonina, aumento de neurotransmissores, distúrbios em mitocôndrias e no SNC (Sistema Nervoso Central). Alguns profissionais afirmam o fator psicológico, porém não existe nenhuma evidência científica para tal afirmação.
Os critérios de diagnóstico foram desenvolvidos pelo Colegiado Americano de Reumatologia em 1990 e já validados no Brasil, consiste na dígito-pressão com resposta dolorosa em 11 em 18 pontos específicos espalhados pelo corpo.
O tratamento consiste no controle dos sintomas apresentados, pois a fibromialgia causa problemas físicos, ocupacionais, sociais, psicológicos e emocionais.
Existe várias medicações que podem ser utilizadas como antidepressivos, analgésicos, miorelaxantes, benzodiazepínicos e bloqueadores seletivos de recaptação de serotonina. É importante que o paciente procure formas não medicamentosas de lidar com a doença, de maneira a evitar os riscos com a sua saúde, se acaso o paciente com fibromialgia tiver por exemplo: pneumonia, apendicite, infecção urinária, úlcera, etc., estes problemas podem ser percebidos quando já estiverem em estado avançado, pois as medicações tiram as dores iniciais destes acometimentos e elas também não permitem que a febre se manifeste tão facilmente. Assim, o portador de fibromialgia deve estar muito atento para que não passe a correr riscos por causa da necessidade do uso das medicações para dor por tempo prolongado.
A fisioterapia é essencial no tratamento convencional para melhorar a qualidade de vida dos pacientes proporcionando redução e controle do quadro doloroso com uso de eletroestimuladores, termoterapias, cinesioterapia, massagem, relaxamento, alongamento e fortalecimento muscular por exemplo. A hidroterapia tem grande valor, pois os exercícios são implementados para necessidade individual, contudo o excesso pode causar dores e crises que acabam inviabilizando a prática constante.
A acupuntura tem demonstrado melhora importante dos sintomas clínicos, tornando-se um tratamento alternativo e aceitável com resultados relevantes.
A fibromialgia impõe mudanças nos hábitos de vida com percepção negativa da qualidade de vida com impacto pessoal, profissional, familiar e social, portanto o suporte psicológico aos pacientes e familiares tem apresentado resultados positivos, principalmente nos quadros de depressão, ansiedade, estresse e transtornos de humor.
O educador físico é outro profissional indispensável proporcionando condicionamento cardiovascular e físico compatível com suas atividades. Os exercícios mais adequados são os aeróbicos, sem carga e sem grandes impactos para as articulações, as mais indicadas são natação, hidroginástica e caminhada.
Outras terapias podem ser utilizadas de acordo com a necessidade individual apresentada, são elas: Reeducação Postural Global (R.P.G.), Pilates, Quiropraxia, Homeopatia, Hipnoterapia.
Uma equipe multidisciplinar, ou seja, com inserção de varios profissionais da saúde é fundamental para o sucesso do tratamento do paciente com fibromialgia.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Fratura do osso escafóide


Fratura do osso escafóide

A fratura do escafóide é a mais freqüente dentre as dos ossos do carpo, acometendo em geral indivíduos jovens e com plena capacidade para o trabalho. O escafóide é um osso importante na dinâmica do carpo, funcionando como uma ponte entre a primeira e a segunda fileira carpais no lado radial. O mecanismo de fratura mais comum é a queda da própria altura com punho em dorsiflexão e abdução.

Os paciente podem referir, ainda, dor à compressão longitudinal do polegar. A estes sintomas na fase inicial do atendimento é imputada sensibilidade de 100%. No entanto, a dor tende a desaparecer espontaneamente em poucos dias, mesmo na presença de fraturas. Muitas vezes a fratura não é vista em radiografias iniciais, por isso há necessidade de uso de exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética (RMN) para sua detecção imediata ou a realização sistemática de radiografias com três e seis semanas para comprovar a ausência de fratura.

Pode-se classificar as fraturas do escafóide pelo nível anatômico em fraturas do terço proximal, médio e distal. Podem também ser classificadas pelo traço de fraturas em relação ao eixo longitudinal do escafóide em fraturas transversas, horizontal e oblíqua e horizontal transversa. As fraturas do terço proximal em relação de problemas circulatórios e as fraturas obliquas verticais-que tendem a ser menos estáveis são de pior prognóstico.

Escafoidite:

Lesão inflamatória do escafóide carpiano. A natureza da afecção é mal conhecida. mas aproxima-se da osteocondrite do quadril. A escafoidite cura-se espontaneamente em alguns meses com a imobilização no gesso e os analgésicos / antiinflamatórios.

Reabilitação:

- Terapia com exercícios leves de amplitude de movimentos ativos para o punho, e com exercícios ativos (igualmente leves) de oposição e flexão/extensão para o polegar.

- Exercícios de amplitude de movimentos para todos os dedos, punho e cotovelo. Movimentos passivos e ativos visando a amplitude completa.

- Fortalecimento da preensão com aperto de bola de borracha ou massa de modelar.
- Exercícios contra resistência progressivos para o punho e polegar.