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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Artroplastia total de quadril


A reconstrução da articulação do quadril através da colocação de uma prótese total ou parcial é denominada artroplastia de quadril.

A artroplastia total de quadril é um procedimento cirúrgico de substituição articular amplamente utilizado para o tratamento de afecções da articulação coxo-femoral, sejam elas degenerativas, inflamatórias ou traumáticas. Alguns exemplos de doenças são: artrite reumatóide, necrose avascular da cabeça femoral, artrose, fraturas de quadril, tumores ósseos benignos e malignos, entre outras.

Atualmente existem inúmeros modelos de prótese de quadril, que em sua maioria, utilizam como material básico uma liga metálica (titânio ou cromo-cobalto), o polietileno e a cerâmica. A indicação de usar um determinado modelo de prótese depende de fatores como a idade do paciente, o tipo de doença que ocasionou a destruição da articulação coxofemoral, a qualidade do osso e a experiência do cirurgião. Porém permanece sendo uma solução não biológica, e que traz com ela o risco de complicações (ex: trombose, sangramento), e também dúvidas acerca da sobrevida do implante em longo prazo, desgaste do implante, biocompatibilidade e resposta do osso do paciente, por esses motivos revisões freqüentes são necessárias. A expectativa de vida útil da prótese do quadril é boa, duração em torno de 15 anos, dependendo de vários fatores: qualidade da prótese, técnica cirúrgica, hábitos de vida do paciente, entre outras.

A fixação da prótese: A prótese cimentada é aquela em que se usa cimento ósseo para fixar o componente acetabular na bacia e a parte femoral no fêmur; a prótese não cimentada é aquela em que é fixada suas partes (acetábulo e componente femoral) diretamente na superfície óssea, sem a utilização de cimento, este tipo é indicado para pessoas mais jovens e com boa qualidade óssea; e a prótese híbrida, o componente acetabular é fixado à pelve através de parafusos, sendo o componente femoral fixado com cimento ao fêmur.

As incisões cirúrgicas mais utilizadas atualmente são a anterolateral de Watson Jones, a lateral de Hardinge e a posterior, pode-se verificar que essas vias de acesso variam em torno de 20 cm de extensão, ou seja, uma cicatriz de 20 cm. Atualmente existe uma tendência de se realizar as artroplastias totais de quadril através de incisões minimamente invasivas, em torno de 8 cm, utilizando uma via única.

O tratamento no pós-operatório com a fisioterapia pode ser dividido em duas etapas: imediato e tardio. O primeiro realizado no hospital e o segundo em nível ambulatorial. Os objetivos no pós-operatório imediato são: posicionamento correto no leito, prevenção de complicações circulatórias, como edema e trombose através de exercícios metabólicos, profilaxia respiratória, manutenção da força muscular, prevenção da amplitude de movimento, treino de marcha com apoio e orientações gerais. A nível ambulatorial, o tratamento visará diminuir algias (caso exista), preservação da força muscular, manutenção e ganho da amplitude de movimento, treino e educação da marcha, condicionamento físico e orientações gerais.

As atividades físicas, esportivas e de lazer mais indicadas após uma artroplastia de quadril são as de baixo impacto como a hidroginástica, natação e caminhada. O início dessas atividades deve aguardar a liberação do cirurgião, mas em media iniciam 60 dias apos a cirurgia.